segunda-feira, 20 de junho de 2011

Área invadida no Tarumã é desocupada de forma pacífica pela PM

A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) desocupou, neste sábado, dia 18 de junho, a área de invasão conhecida como José Alencar, que compreende a uma área de 160 mil metros quadrados no Tarumã, zona Norte de Manaus. A operação da PM, em cumprimento ao mandado de reintegração de posse expedido pela Vara Especializada em Meio Ambiente e Questões Agrárias, ocorreu de forma pacífica, sem pessoas feridas. A retirada das cerca de 600 famílias que ainda permaneciam no local iniciou às 6h.
A desocupação iniciou no início da noite de sexta-feira, dia 17 de junho, quando foram realizadas negociações para a saída das famílias que estavam morando na área ocupada irregularmente. Representantes do grupo de invasores chegaram a combinar com a polícia a saída voluntária de todas as famílias no fim da tarde, mas apenas a metade deixou o local. Durante a madrugada, outras 70 famílias saíram do assentamento.
A ocupação irregular foi descoberta em maio deste ano pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) após denúncia anônima. O local é uma Área de Proteção Ambiental (APA) e é propriedade do município. A Prefeitura de Manaus foi quem entrou com o pedido de reintegração de posse.


Durante a operação da PM, realizada em parceria com a Polícia Civil, três ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estiveram no local para atendimentos de urgência, mas nada foi registrado. Cerca de 500 policiais atuaram na entrada da invasão para a reintegração de posse. Três aeronaves sobrevoaram o local para acompanhar a movimentação das pessoas.
Segundo o coronel da PM, Moisés Cardoso, que coordenou a operação, os ocupantes se posicionaram de maneira pacífica. Ninguém foi preso durante a entrada dos policiais na área invadida. “Foi tudo de forma pacífica. Eles recuaram até chegar ao ponto do acampamento e lá se posicionaram de maneira pacífica, pedindo apenas que a gente retirasse os pertences deles de dentro das casas”, disse. 
Segurança – O coronel Moisés Cardoso explicou que, inicialmente, a imprensa teve acesso restrito ao local por medida de segurança. Após certificar-se de que não haveria riscos para os profissionais de comunicação, a entrada das equipes de reportagem foi liberada.
“Estamos em uma operação de reintegração e, quando entramos, não sabíamos o que íamos encontrar. Era uma situação operacional que inviabiliza a presença da imprensa, por questões de segurança. Nós tivemos que andar toda a área para saber se estava tudo seguro. A partir desse momento, houve a possibilidade de liberação”.
Sem violência – O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Amazonas, Epitácio Almeida, acompanhou o trabalho de retirada das famílias e constatou que não houve nenhum ato de violência. “Eu vim para cá na madrugada. A operação ocorreu dentro da normalidade desejada. Eu não vi nenhuma violência e se visse, com toda certeza, seria o primeiro a entrar com pedido de flagrante”, disse.

O tamanho da área invadida chega a ser assustadora, considerada a maior do Estado.

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